"Espero que Ayrton esteja lá no céu a torcer por mim"
Fez ontem 15 anos que o seu tio, Ayrton Senna da Silva, morreu no circuito de San Marino, em Imola, ao volante de um Williams. Lembrou-se dele, certamente...
Obviamente que sim. Quando recordo Ayrton, lembro-me das memórias da minha família e do tempo de férias que passava com o meu tio, após a temporada da Fórmula 1. Passava férias com ele em Angra dos Reis, no Sul do Rio de Janeiro. Passávamos muito tempo juntos, em família, andávamos de jet ski e fazíamos muitas actividades juntos.
O Bruno Senna tinha, portanto, uma relação muito próxima com o seu falecido tio...
Ayrton era muito atencioso comigo. Tinha dez anos quando ele morreu. Estava em casa com os meus pais a assistir à Fórmula 1 no dia em que ele faleceu. Espero que ele esteja lá no céu a torcer por mim!
Teve tempo, ainda, para receber, de Ayrton Senna, muitos conselhos relacionados com pilotagem?
Não falávamos muito sobre as técnicas de pilotagem, naquela época. Comecei a andar de kart com cinco anos, num kart que me foi oferecido pelo meu avô. Foi o meu avô quem me pôs a andar nesta categoria. Mas voltando a Ayrton, lembro-me muito bem dele desde os meus sete anos. Ensinava-me como ultrapassar, como ganhar a posição e qual a melhor trajectória a adoptar. Ele era muito competitivo. Infelizmente, só comecei a correr já depois da sua morte.
Continua a ter, e terá sempre nele uma fonte de inspiração...
Ayrton ainda é um exemplo para mim. Na forma como abordo a minha carreira automobilística, no modo como encaro a vida... ele é o meu melhor exemplo. Procuro seguir a sua filosofia de desporto e tento dar, sempre, o meu melhor. Não tenho a ambição de fazer uma carreira semelhante à do meu tio. A minha carreira é separada da de Ayrton, até porque sou um piloto com características diferentes.
E para quando a entrada de Bruno Senna na Fórmula 1?
Tenho mantido contactos com algumas equipas da Fórmula 1. Chegar à Fórmula 1 é um objectivo para 2010, mas não há ainda nada de concreto. Após duas épocas na GP2 Series achei que seria mais seguro correr a Le Mans Series em 2009.
Foi adversário do português Álvaro Parente na GP2 Series....
Sempre nos demos bem. Tem bom potencial. Seria divertido estarmos os dois na Fórmula 1 em 2010.